terça-feira, 21 de maio de 2013

ATIVIDADES PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL

ATIVIDADES PARA ALUNOS COM DEFICIÊNCIA INTELECTUAL


A criança com deficiência intelectual, assim como qualquer criança, deve pertencer ao ambiente escolar. A escola deve proporcionar a esta uma educação voltada as suas habilidade e não exaltar as suas dificuldades. Sabemos que para seu aprendizado se concretizar deveremos dar a ela um "tempo maior" oferecendo atividades ricas e que o levem a construir seu conhecimento. Segundo Vygotsky, as leis que regem o desenvolvimento da pessoa com deficiência mental são as mesmas que regem o desenvolvimento das demais pessoas. Aspecto este também presente nos processos educacionais (VYGOSTKY, 1997, 2003). Para ele, a criança cujo desenvolvimento foi comprometido por alguma deficiência, não é menos desenvolvida do que as crianças ‘normais’, porém é uma criança que se desenvolve de outra maneira.


As atividades propostas terão que partir de seu conhecimento para a construção de novos conceitos. Mas, muitas vezes a criança com DI não conhece “si mesma” não sabe distinguir suas características físicas e emocionais, não discrimina suas preferências. Pensando neste pressuposto devemos, a priori, oferecer atividades que favoreçam o conhecimento pessoal.

ATIVIDADE 1- CARACTERISTICAS EMOCIONAIS




Atividade montada no computador(Programa Word)

 



APÓS OBSERVAR AS CARACTERÍSTICAS NUMERE AQUELAS RELACIONADAS A VOCÊ.

( O aluno deverá escolher as caracteristicas que ele julga possuir, numerá-las e escrever as caracterisiticas)

AGORA EXPLIQUE PORQUE ESCOLHEU AS CARACTERÍSTICAS ACIMA.

(O aluno deverá justificar suas escolhas)

ATIVIDADE 2 - CARACTERÍSTICAS FISICAS




ATIVIDADE 3 - PREFERÊNCIAS



*Lembrando que as atividades propostas deverão ser iniciadas com um bom diálogo e pesquisa, buscando levar o aluno a conhecer seu histórico,caracteristicas e preferências:

•QUEM É VOCÊ?

• O QUE É CARACTERÍSTICA FISICA?

•O QUE É CARACTERÍSTICA EMOCIONAL?

• COMO VOCÊ SE COMPORTA FRENTE A UM NOVO ACONTECIMENTO?

• QUAIS SUAS PREFERÊNCIAS?

Fonte: Marcia Serante

ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL NA ESCOLA REGULAR


A Paralisia Cerebral (PC) trata-se de um estado patológico pertencente a um grupo não progressivo, mas mutável, de distúrbio motor (tônus e postura), causado por uma lesão do cérebro em desenvolvimento (perído pré-natal ou durante a primeira infância) seja qual for o nível mental da criança. Podem haver vários outros diagnósticos associados a PC, além das observadas nas manifestações motoras, são elas: anormalidades oftalmológicas, epilepsia, deficiência mental, atraso na linguagem e comunicação, prejuízos sensoriais, entre outras.

Essas características podem afetar o desenvolvimento da motricidade, da linguagem e comunicação, do cognitivo e da interação social. Consequentemente, déficits nessas áreas alteram as possíveis experiências da criação em relação ao mundo fisico e social

Diante dessas características como ajudar esse aluno com PC inserido numa sala de aula de uma escola regular?

- trabalhar em equipe (família, Pedagoga(o), Terapeuta Ocupacional, Fonoaudiólogo(a), Psicóloga...)

- adaptar materiais escolares e atividades, conteúdos, tornar o ambiente arquitetônico mais acessível...

- utilizar os recursos da Comunicação Alternativa e Ampliada, para aqueles que têm dificuldades na fala

*Comunicação Alternativa e Ampliada: tem como objetivo ajudar a propiciar possibilidades e condições de aquisição e uso da linguagem para que se possa ter condições mínimas de comunicação e interação social naqueles alunos que têm dificuldades de se expressar oralmente ou a tem de forma dificultada. Esse conceito está bem resumido, pois abrange muito mais que isso e pode ajudar outros alunos com necessidades educativas especiais. Abordarei isso numa próxima postagem.


O processo de alfabetização de alunos com PC!

Para os processos de leitura e escrita deve-se observar o desempenho motor do aluno ao pegar num lápis, ao manusear um livro, ao tentar fazer algo no papel em cima da mesa, pois se for difícil controlar objetos em cima da mesa use uma superfície antiderrapante ou velcro... para depois fazer adaptações necessárias. Se for difícil para o aluno usar um lápis, adapte-o, leve-o ao computador para "escrever" fazendo adaptações quase sempre ! Pode-se utilizar carimbos com letras. Prefiro indicar o uso da letra bastão, por ser mais fácil seu traçado.

Pesquisei algumas coisas e encontrei num relato de pesquisa a experiência de uma professora que utilizava ativiadades em que os alunos com PC eram solicitados a usar opções. Então, cada pergunta feita aos alunos era pedida uma resposta sinalizada por gestos como apontar e olhar para o objeto, desenho ou prancha de papel com letras e números. E para aqueles que tinham a possibilidade de escrever, essas respostas eram dadas através de atividades de marcar ou colar as opções no papel.


É importante que esse aluno tenha seus próprios cadernos com atividades da aula e que sejam proporcionadas a realização de atividades em casa como qualquer outro aluno.


Frase mágica para todo início de um trabalho com um aluno com NEEs: CONHEÇA SEU ALUNO !

Fonte: Pedagogia da Inclusão Escolar

PLANEJAMENTO PARA ALUNOS COM PARALISIA CEREBRAL

Este é um distúrbio de movimento ou postura. É causada por danos na área do cérebro que controla o movimento. Outras áreas adjacentes podem ser danificados também, causando problemas com visão, audição e aprendizagem.


O grau em que uma criança é afetada pode variar muito de dificuldades leves em um braço para completar paralisia e incapacidade. A fala pode ser afetada. Algumas pessoas com paralisia cerebral sofrem de espasticidade (músculos tensos), alguns têm espasmos involuntários dos membros e outros têm problemas de equilíbrio ao caminhar.





•As crianças que têm dificuldade para se comunicar pode expressar sua frustração em mau humor ou comportamento agressivo. Isto pode significar manter uma nota do que leva até o mau comportamento, em outras palavras, tentando estabelecer os gatilhos.

•Tente manter as salas de aula estruturada e manter a criança consciente do padrão do dia-você pode usar uma linha do tempo imagem.

•Tenha uma área de anti-stress e ensinar criança o que fazer se ele / ela se sente irritado e frustrado.

•Tentar assento da criança numa área de distracção baixo pelo menos para uma parte do tempo. Isso poderia ser feito especialmente atraentes e poderão ser disponibilizados para toda a classe como uma área onde você vai como uma recompensa pelo trabalho duro e bom comportamento.

•Consulte um terapeuta ocupacional ou fisioterapeuta para corrigir o assento para a criança.

•Permita que ele / ela mais espaço em uma mesa como ele / ela vai incomodar mais e isso é provável que seja irritante para as pessoas próximas sentado.

•A iluminação pode afetar algumas crianças com paralisia cerebral. Eles podem precisar de ser encaixada na frente de uma fonte de luz de modo que não há brilho.

•Algumas crianças com paralisia cerebral têm memórias pobres. Eles podem ter capacidade de concentração curta e dificuldade em manter o novo vocabulário. Eles podem aprender melhor a partir de estímulos visuais por isso, é útil usar pistas de imagem para os pontos principais da lição.

•Use o reforço regularmente e de lição para lembrar lição aprendida anteriormente pontos.

•Giz e conversa não é a melhor maneira para crianças com paralisia cerebral a aprender. Eles aprendem melhor a partir de experiências sensuais, jogos e planilhas pictóricas.

•Mindmaps são bons, assim como canções e rimas.

•Crianças com paralisia cerebral podem ter dificuldade com a percepção espacial. Bem como ficar no caminho de outras pessoas pode causar problemas com a cópia do quadro-negro. Se possível, levar as crianças para copiar a partir de papel com impressão aumentada e / ou reduzir a quantidade de escrita necessária usando preencher as atividades em branco, juntando frases, pontos, etc

Fonte: Silvana Psicopedagoga

sexta-feira, 3 de maio de 2013

HOMENAGEM AOS PROFESSORES “VERDADEIROS GUERREIROS”

Matéria publicada no Jornal Folha de São Paulo, 23 de abril de 2013.

Para ler na escola
Jairo Marques

De nada valem aplicativos geniais e vídeos engraçados no YouTube se alguém não ensina o que é a ironia

Fico imaginando o quanto deve doer o "Coração de Estudante" do Milton Nascimento ao ser bombardeado com imagens de professores com suas caras arroxeadas que não param de aparecer na televisão, nos jornais, nas "internets" e nos hospitais.

Professor pega gripe de menino catarrento que dá bom-dia com beijo, faz curativo no atentado que se rasgou na hora do recreio, é o psicólogo preferido do adolescente meio "revolts" e o defensor-mor da igualdade no reino das diferenças que imperam em uma escola.

Agora, porém, o respeito, a consideração e a admiração ao mestre, valores intocáveis e inquestionáveis, parecem que estão sucumbindo a qualquer mimo, a qualquer charme, a quaisquer garotões ou garotonas bobos que se acham, mas que, no fundo, estão bem perdidos.

Professor é o cara que entrega para a gente, em alguns casos, quase de graça, uma chave universal que destranca portas ao longo de toda a trajetória de vida. Mesmo assim, a tranca da ignorância de quem acha que ensinar é algo ultrapassado parece estar ganhando adeptos com velocidade.

Quero ver o Google inspirar a pensar que, talvez, o segundo resultado de uma pesquisa seja mais íntegro e válido do que o primeiro link apresentado. Duvido que haja jogos on-line mais interessantes do que um bom debate sobre a danada da Capitu.

De nada valem aplicativos geniais e vídeos engraçados no YouTube se alguém não ensina o que é a ironia, o que são os efeitos da trigonometria, a importância do porto de Alexandria, a razão por que tantos buscam isonomia e os relevos da geografia.

Passou da hora de a galera do fundão reagir criando uma marchinha de agrado ao professor. E também é momento de os nerds fazerem uma campanha no ciberespaço de valorização do conhecimento.

As bonitas poderiam ajudar a dar um up no make caído que fazem para o "prô". A galera da timidez poderia preparar um grito bem gritado de "cheeeega", de cale-se e preste atenção, que é meu futuro o que está no gramado. Aos puxa-sacos caberia fazer redondilhas cheias de xodó.

Quando a violência não é mais um tema da rua e de ambientes hostis, em que a gente tem sempre um político safado a quem impor a responsabilidade, e começa a ser fotografada dentro do palco maior de aprendizado, a escola, parece que o futuro está avisando, com calafrios, que ficará doente.

Este texto não é para ser lido na escola porque vai cair na Fuvest nem trata de um tema modernoso, que não para de ser discutido nos mundos acadêmicos. Ele também não tem palavrão caprichado e escracho sujão para se morrer de achar bom, compartilhar com os amigos.

Ele só serve para lembrar e reafirmar que escola e professor são fundamentos que instigam acordar para fazer melhor, para ganhar mais uma dose de estímulo para ir além. Não é a história de um fulano em uma caverna distante que é afetada quando um mestre apanha de um aluno. É a história que você está construindo para seus filhos e para si mesmo.

Que as caras manchadas dos prófis sejam de tanto rir de conquistas daqueles a quem se doaram ou pela maquilagem escorrida de tanto chorar de orgulho por aqueles a quem se dedicaram. E desculpe-me do tom professoral.